Dinossauros Há 200 milhões de anos, o território que abrange as regiões sul, sudeste e centro-oeste do Brasil era um imenso deserto. Estendia-se até a Argentina e fazia parte da Pangéia, o único e primitivo continente que compunha a superfície Terrestre no período triássico (de 245 a 208 milhões de anos). A aridez e o clima quente (não haviam ainda calotas polares) teriam sido extremamente propícios para a desenvolvimento dos dinossauros. "Existe um amplo debate acadêmico sobre se a origem desses animais não teria ocorrido na América do Sul, mais especificamente no Brasil", informa Ismar de Souza Carvalho, doutor em geologia e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "Há diversas ocorrências de dinossauros no território brasileiro, distribuídas em rochas que variam em idade de 220 milhões a 65 milhões de anos." Nesse intervalo, o planeta passou por profundas transformações ambientais. No período jurássico (de 208 a 146 milhões de anos), a Pangéia começou a se fragmentar, e originou duas superfícies distintas: a Laurásia, localizada no hemisfério Norte e a Gondwana, no sul. Há cerca de 150 milhões de anos, esses continentes já estavam separados. Embora no final do triássico e durante o jurássico os dinossauros tenham se desenvolvido e se espalhado por toda a Terra, não há muitos registros deles no Brasil. De 146 a 65 milhões de anos atrás, no período cretáceo, o clima tornou-se mais úmido, a flora se compôs e a fauna se diversificou. "A vasta ocorrência de rochas desse período no Brasil faz com que se encontrem pegadas, fezes fossilizadas, dentes e ossos de dinossauros desde a região Amazônica até o Rio Grande do Sul", diz Ismar Carvalho. Como eles sumiram Centenas de teorias tentam explicar a extinção dos dinossauros, há 65 milhões de anos. A mais difundida é a de que um meteoro teria caído na Terra. "A julgar pelas evidências de impacto, acredito, que tenham sido vários meteoros", sugere Reinaldo Bertini, da Unesp. Segundo ele, já verificou-se na superfície terrestre a presença de irídio, elemento químico raro na Terra, mas comum em meteoros e asteróides. O impacto teria causado erupções vulcânicas e uma nuvem de fumaça, bloqueado a luz solar. Assim não haveria mais plantas, das quais os herbívoros se alimentavam. E, com o fim desses seres, os carnívoros não teriam mais o que comer. O Departamento de Paleontologia da Universidade de Tóquio, no Japão, divulgou em junho de 2007 uma nova teoria para o desaparecimento dos primeiros habitantes da Terra: flatulência. Pesando até 100 toneladas e consumindo cerca de 400 toneladas de comida por dia, os dinossauros eram grandes soltadores de puns e, conseqüentemente, de metano, o que teria reduzido a camada de ozônio, destruído as plantas e deixado a casca dos ovos mais fina, levando filhotes à morte. Curiosidades
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