Festas Juninas Na Europa antiga, bem antes do descobrimento do Brasil, já aconteciam festas populares durante o solstício de verão, as quais marcavam o início da colheita. Nelas, ofereciam-se comidas, bebidas e animais aos vários deuses em que o povo acreditava. Um deles era Juno, esposa de Júpiter, que era considerada a deusa da fecundida. Nessas festas, chamadas "junônias", as pessoas dançavam e faziam fogueiras para espantar os maus espíritos. As celebrações pagãs coincidiam com a festa em que a Igreja católica comemorava a data do nascimento de São João, um anunciador da vinda de Cristo. Como o catolicismo ganhava cada vez mais adeptos, nesses festejos acabou se homenageando também São João. É por isso que no início as festas eram chamadas de joaninas, e os primeiros países a comemorá-las foram França, Itália, Espanha e Portugal. Os jesuítas portugueses trouxeram os festejos joaninos para o Brasil. As festas de Santo Antônio e de São Pedro só começaram a ser comemoradas mais tarde, mas como também aconteciam em junho, passaram a ser chamadas de juninas. O curioso é que, antes da chegada dos colonizadores, os índios realizavam festejos relacionados à agricultura no mesmo período. Os rituais tinham canto, dança e comida. As mais tradicionais festas juninas do Brasil acontecem em Campina Grande (PB) e Caruaru (PE). A primeira cidade é conhecida pelo Forródromo, arraial que, entre suas atrações, tem um desfile de jegue. Já Caruaru mantém a Vila do Forró, réplica de uma pequena cidade do sertão onde acontece a festa. Além disso, realiza uma viagem até Recife no Trem do Forró. Nos vagões, cantadores regionais, sanfoneiros e artistas divertem o público durante todo o trajeto. |